quarta-feira, novembro 28


Sei lá, mas resolvi procurar o Vandré.

"Olha... E sabe o que eu acho... Eu acho uma coisa só a mais... Antonio Carlos Jobim e Chico Buarque de Holanda... Merecem o nosso respeito.... A nossa função é fazer canções, a função de julgar nesse instante é do júri que ali esta... Um momento... Por favor, Por favor, Tem mais uma coisa só... Pra vocês, pra vocês... Que continuam pensando, que me apóiam vaiando! Gente... Gente... Por favor, Olha tem uma coisa só... A vida não se resume em festivais..."

Geraldo Vandré (Maracananzinho-1968)

“O problema é que você quer
falar com Geraldo Vandré.

E Geraldo Vandré não existe mais,
foi um pseudônimo que usei até 1968..."


Foto: Mário Luiz Thompson

domingo, novembro 25

Mulher

de teus olhos
nascem meus caminhos
e os destino
que me vão enlaçando
entre os dias e horas
e instantes

de tua presença
brotam meus melhores quereres
minhas mais lindas poesias (quando as tenho)
e meus mais cruéis e sofridos
atos de solidão e desespero - medo

De tua presença
nasce a essencia
que é própria vida
fluindo por meu corpo.

De tua sabedoria
brotam meus mais sinceros motivos
para querer te merecer.
Reinventar cheiros, cores, formas
paladares e sons
para ser tudo
conforme teu gosto.

De tua ternura materna e amor
nascem meus sonhos,
minhas lágrimas, meus sorrisos, meus prazeres, minhas noites,
minha paz.

De tua existência
nascem os fluídos
que me fazem existir.
Não me faltes nunca,
nem um segundo de minha vida.

segunda-feira, novembro 19

Música: Breu
Álbum: Outros...

    Ando procurando pelo seu olhar
    Clareou o dia você desapareceu
    Na estrada, no vento ou qualquer outra rota estelar
    Na ilha deserta ou no inverno do norte europeu

    Mergulhando ruas, beijos ao luar
    Velejando bocas, loucas pra beijar
    Mar e o oceano, e a onda que veio e bateu
    Lembra a distância entre o seu mundo e o meu

    O aluguel venceu
    Meu time jogou
    Tudo aqui é seu
    E você não ligou
    De manhã choveu
    O carro enguiçou
    O sinal fechou
    O amor não percebeu

    Passo todo dia e noites a vagar
    Solto no descaso, preso em seu mirar
    Na dança do tempo só você, meu bem, é que não viu
    Durmo sabendo que você não vai voltar

    O aluguel venceu
    Meu time jogou
    Tudo aqui é breu
    E você não ligou
    De manhã choveu
    O carro enguiçou
    O sinal fechou
    O amor não percebeu

    O aluguel venceu
    Meu time jogou
    Tudo aqui é breu
    E você não ligou
    De manhã choveu
    O carro enguiçou
    O sinal fechou
    O amor não percebeu

terça-feira, novembro 13

Este, este e este estão na


E ela se ia como não houvesse mais.

Carregada pelo sereno

das manhãs, seguia pelo caminho que nem mais havia.


Caminhava em


um


tempo
outro, diferente destas horas
corridas e insanas que me levam.

E a falsa trilha, toda forrada de folhas
úmidas do que é doce das madrugadas,

sorria ao sentir os pés pequeninos e

macios da menina de ontem que hoje atiça os olhos ávidos

de
um arremedo

mal

acabado de

h
o
m
e
m
.
.
.
.

quarta-feira, novembro 7

ora! Nada de dramas
e nem me venha os melodramas
viver mesmo
é se emaranhar nas tramas
sem manhas.

de resto, a vida é tragédia!

o que é melhor
vamos combinar
assim temos o que filmar.

sábado, novembro 3

Costura Da Vida

Eu tentei compreender
A costura da vida
Me enrolei pois
A linha era muito comprida

Mas como é que eu vou fazer
Para desenrolar
Para desenrolar

Se na linha do céu sou estrela
Na linha da terra sou rei
Na linha das águas
Sou triste
Pelo fogo que um dia apaguei

Na linha do céu sou estrela
Na linha da terra sou rei
Mas na linha do fogo
Sou triste
Pelos mares que não naveguei

Mas como é que eu vou fazer
Para desenrolar
Para desenrolar


Sérginho Pererê

e o corpo se debatia contra a parede
uma máquina demolidora,
cadeiras, mesas, copos ao chão
triste e melancólica melodia
sinfonia da morte.
corpo agoniza
nos olhos vidrados,
brilho mórbido de não mais haver
onde só se pode ver
rastilho de uma escuridão que se desfaz ao longe
a luz da luminária
que antes clareava sonhos
agora evidencia o corpo retesado
e dentes cerrados
dentro da boca fria
pálida
e morta