domingo, janeiro 25


"O Curioso Caso de Benjamin Button". um filme, antes de tudo, sobre a existência. Sobre o viver.


e por falar em existir...

nota.

um minuto de silêncio em homenagem a quem deixou esse exercício mais leve para pessoas como eu: Jilçária Cruz Costa ou - simplesmente e com um sorriso no rosto -Tia Doca. ela se encantou na tarde deste domingo (25/01).

bom, o minuto já passou. então agora vamos encurtar o tempo do surdo e entoar um samba bonito. os deuses do samaba devem ser celebrados e reverenciados como se manda a tradição.
choro?, apenas de gente da estirpe de mestres como Pixinguinha e Altamiro Carrilho.


sábado, janeiro 24

amores ilícitos.
delírios etílicos.
tudo
entre primas dedilhadas.
o vibrar lírico
dos dedilhos oníricos.


ontem começou o
12° Mostra de Cinema de Tiradentes.

quinta-feira, janeiro 22

"...E perguntei a ele: como podemos gostar tanto de alguém que nem conhecemos?"

resposta: são os encontros, j.. muitos vagueiam sem fim. buscam procelas e vagas na vã esperança de encontrar alguém, um marujo, sabe?, um amigo para naufragar visões siamesas em águas de preamar. já outros poucos deslizam simplesmente nas marolas do vento norte que vagueiam nas vertentes que anunciam às vidas o laranja-ouro das larvas de um vulcão extinto que habita o coração e aquece a alma. esses últimos são raros, raros como o calor e um carinho de amor.

até um de-repente,

*"De alto cedro voy para marcané
Llego a cueto voy para mayari"

*Francisco Repilado

sexta-feira, janeiro 16

flores de acácias no quintal
cheiro de mato molhado na pele
mãos macias, cor ainda de terra,
no branco invisível da roupa viva no varal.

por mais absurdo que se parecia
esse era seu mundo.
de dor e de alegria,
de segredos de nostalgia.




sábado, janeiro 10

atores do futuro de uma antiga história

Menina palestina olha pela janela da escola da ONU que serve de abrigo para toda sua família, em Jarbala, na Faixa de Gaza. Os confrontos foram retomados na região após uma trégua entre Hamas e Israel, para liberar ajuda à região.

Palestinos carregam os corpos de três bebês mortos durante ataques israelenses.

Garotinho palestino chora nos corredores de uma escola da ONU na Faixa de Gaza. Ele está abrigado no local desde que teve de fugir de casa com a família, devido aos ataques das tropas de Israel. Uma outra escola das Nações Unidas que virou abrigo para os refugiados foi alvo de um ataque aéreo israelense. A ação matou três pessoas.


Palestino observa destroços de prédios atingidos por ataques aéreos no 14º dia da ofensiva israelense à região. O Conselho de Segurança da ONU pediu que Israel retirasse suas tropas de Gaza, após abstenção dos EUA na votação.



Garoto palestino chora em funeral de vítima de ataque aéreo na Faixa de Gaza. O conflito, que está prestes a entrar na terceira semana, já matou mais de 700 palestinos.



queira Deus, Allah, Ogum, Brahma ou seja lá quem mais for,
que as lágrimas de hoje não se transformem no terror de amanhã.

sexta-feira, janeiro 9

como se alimenta os "ismos"?

Mãe israelense protege seus filhos durante ataque de foguete ao sul do país.

Crianças palestinas participam de manifestação contra a ofensiva israelense na Faixa de Gaza.

quinta-feira, janeiro 8

*Carta aos judeus

Há mais de 60 anos seu povo clamou
ao mundo por solidariedade.
Chegou o momento de retribuir,
de mostrar que a solidariedade é um
sentimento universal


Por mais que o governo de Israel e todos os que o apoiam tentem, não irei odiar vocês, irmãos judeus. Ainda que as tropas israelenses matem centenas de crianças e pessoas inocentes, não irei desejar a morte de suas crianças nem jogar a culpa na totalidade de seu povo.

Mesmo que manchem a Faixa de Gaza com o sangue de um povo que também corre em minhas veias, metade árabe, não irei revoltar-me contra nenhuma etnia nem julgar que há raças melhores ou com mais direitos que outras, como quer nos fazer acreditar o governo israelense.

Embora eu também queira ouvir as vozes judaicas de protesto contra o massacre dos palestinos, não deixarei de condenar os que se calaram diante do holocausto judeu. E, mesmo que tomem à força a terra do povo árabe, não irei jamais apoiar o confisco dos bens do povo judaico, praticado há tempos pelo governo nazista.

Por mais que o governo de Israel e todos que o apoiam traiam a tradição hebraica dos grandes profetas que clamaram por justiça e paz, ainda quero manter viva a esperança que eles anunciaram. Mesmo que joguem sua memória na lata de lixo, faço dos profetas do antigo Israel os meus profetas, pois o anúncio da justiça não distingue credos, nações ou etnias.

Sei que muitos de vocês condenam a violência, não apoiam o massacre dos árabes palestinos e gostariam que o governo de Israel respeitasse as decisões da ONU e o clamor da comunidade internacional pelo cessar-fogo imediato. Mas gritem! Se sua voz não for ouvida, acreditar-se-ão com razão aqueles que ainda falam mal de seu povo.

Mesmo que sejam deploráveis todos os antissemitas, o silêncio dos judeus diante do massacre perpetrado pelo país que ostenta a estrela de Davi na bandeira pode ser usado como reforço para os argumentos torpes da superioridade racial.

Há mais de 60 anos seu povo clamou ao mundo por solidariedade. Chegou o momento de retribuir, de mostrar que a solidariedade é um sentimento universal e não restrito a uma etnia. Não deixem o governo de Israel fazer esquecer o quanto vocês sofreram como vítimas, só porque agora ele é algoz e está protegido pela maior potência mundial, os EUA.

Não permitam que a ação de Israel faça parecer que, apesar das manifestações mundiais de condenação, seu Estado se acredita o único que possui razão, pois era assim que o governo alemão pensava no tempo do nazismo.

Estejam certos de uma coisa: independentemente do resultado da absurda campanha israelense ou qualquer que seja a posição de seu povo diante da violência e injustiça cometida por aquele país, não irei ceder à tentação do pensamento racista; não irei apagar da minha memória a catástrofe do nazismo e o sofrimento do povo judeu; não irei pensar que há povos que não merecem nação e que devem ser eliminados; não deixarei de condenar o antissemitismo ou qualquer tipo de preconceito étnico.

Continuarei defendendo a ideia de que todos, sem distinção, somos iguais e temos os mesmos direitos: judeus, negros, árabes, índios, asiáticos etc. Manter-me-ei firme em minhas convicções, pois jamais quero me igualar aos governantes de Israel e àqueles que o apoiam.”

Faço minhas as palavras de meu querido amigo Maurício Abdalla, companheiro no Movimento Fé e Política, professor de filosofia da Universidade Federal do Espírito Santo e autor de reconhecida qualidade, como o comprova o texto acima, que tão bem traduz a indignação e a dor de tantos que testemunhamos a guerra do Oriente Médio.

Vários intelectuais judeus têm manifestado indignação frente às operações do Estado de Israel. Tom Segev, historiador e cientista político, escreveu no Haaretz que “Israel sempre acreditou que causar sofrimento a civis palestinos os faria rebelarem-se contra seus líderes nacionais, o que se mostrou errado várias vezes”. O escritor Amos Oz sublinhou: “Chegou o tempo de buscar um cessar-fogo”, com o que concorda o escritor David Grossman e o ex-chanceler israelense Shlomo Ben-Ami.


por Frei Betto, escritor, autor de A mosca azul –
reflexão sobre o poder (Rocco), entre outros livros.

sexta-feira, janeiro 2

Hundreds Die in Israel Raid on Gaza - جرائم العدو في غزة

Maior massacre de palestinos já visto.
e... como sempre... ignorado pelos líderes mundiais.

quem são os terroristas?
os terroristas são feitos de quê?