segunda-feira, janeiro 29

é e apenas só

!A cabeça deu 360º. Era final de dias estranhos, prenhes de elucubrações mentais. simples estar no mundo, de certo modo, fundido, fugindo da alegria de aprender viver todas as tristezas do viver. Esperava um dia, homem feito, não mais te assustassem as intempéries disso, do que chamam existência. Saber que elas não vão e nem vem, apenas ficam e persistem,

sexta-feira, janeiro 26

Assunto de Famíla

Em uma tarde de sábado...

- Não mãe! Agora estou apenas ficando com ele. Decidimos que assim é bem melhor. (responde a filha 53, uma renomada jornalista da Capital mineira.)
-Como é esse negócio de se ficar. Quem fica faz sexo? (re-pergunta a mãe, com os óculos na mão e testa franzida. mulher de fibra que colocou no mundo 10 filhos, oito normais e dois jornalistas)
- Mãe, tem sim. (a filha responde já sem olhar diretamente nos olhos da curiosa senhora de 80 anos.)

(a mãe volta os óculos no rosto, inclina a cabeça em direção ao livro, franzi a testa, dá um suspiro calmo e dispara:)

-Ainda bem, né, filha?

...Era a primeira vez que saía de sua terra. Havia passado por todos os colégios públicos e particulares, repetindo sempre o mesmo ano, até que ficou flutuando num limbo de desamor....

quinta-feira, janeiro 25

Mal secreto



Não choro
Meu segredo é que sou rapaz esforçado
Fico parado, calado, quieto
Não corro, não choro, não converso
Massacro meu medo
Mascaro minha dor
Já sei sofrer
Não preciso de gente que me oriente
Se você me pergunta “como vai”?
Respondo sempre igual “tudo legal”
Mas quando você vai embora
Movo meu rosto do espelho
Minha alma chora
Vejo o Rio de Janeiro
Vejo o Rio de Janeiro
Comovo, não salvo, não mudo
Meu sujo olho vermelho
Não fico parado, não fico calado, não fico quieto
Corro, choro, converso
E tudo mais jogo num verso
Intitulado Mal Secreto
E tudo mais jogo num verso
Intitulado Mal Secreto
E tudo mais
Não choro
Meu segredo é que sou rapaz esforçado


Fico parado, calado, quieto
Não corro, não choro, não converso
Massacro meu medo
Mascaro minha dor
Já sei sofrer

Não preciso de gente que me oriente
Se você me pergunta “como vai”?
Respondo sempre igual “tudo legal”
Mas quando você vai embora
Movo meu rosto do espelho
Minha alma chora
Vejo o Rio de Janeiro
Vejo o Rio de Janeiro...


(Jards Macalé – Waly Salomão)

sábado, janeiro 20

Notícias de última hora

Poucos minutos atrás...

“Seria muito ingênuo se acreditasse que sou melhor que alguém. Seria, se achasse que há um melhor. Esta homenagem que recebo aqui, nesta noite, com estas mãos,

(ele ergue as mãos espalmadas, de dedos alongados, finos, todos retos, e repete com a voz de trovão.)

com estas mãos negras, não é minha. É de todos os atores desta nova geração do cinema brasileiro. Aliás. Quem merece essa homenagem, quem realmente merece essa homenagem é o público, que voltou a curtir o cinema brasileiro”.

(silêncio.)

Era Lazaro Ramos. Sim, aquele que encarnou o anti-herói Foguinho da última trama global, Cobras e Largatos, de aparições dramáticas nos domingões do Faustão da vida, e de interpretações únicas em filmes como Madame Satã, de Karin Aïnouz, O Homem do Ano, de José Henrique Fonseca e Carandiru, de Hector Babenco, e de tantos outros.
Essa jovem realidade do cinema nacional acabou de ser homenageado na abertura do 10º Mostra de Cinema de Tiradentes e hipnotizou a todos com sua simplicidade, simpatia e inteligência.
Em tempo: quem também recebeu a homenagem foi Matheus Naschtergaele. Figura fácil na cidade (que escolheu para viver). Durante as tardes dos finais de semana em que não filma ou é filmado (aliás, alegres tardes de cachaça da boa, cantigas com as crianças, risadas e zombarias, na praça central, ali, poucos minutos depois de sua casa, que fica perto da Matriz de Santo Antônio. Valha-me Deus!). Adiantemos a prosa. Matheus está gravando seu primeiro longa na Amazônia – esse nome me faz do coração tum tum tum - e coube a Lazaro representá-lo na solenidade de abertura do Festival. E assim Ramos o fez.
A propósito, o Cine Tenda, no largo da Rodoviária de Tiradentes/MG, calou-se ao som das palavras de Lazaro. Mas creio que pouco se entendeu o que se ouviu daquele jovem ator negro, Baiano (com B, mesmo!), feito nas periferias desse país – pois, no Brasil, não há como ser de uma periferia apenas. Periferia é substantivo plural em seu singular bruto.) e dono de um talento impar, digno dos grandes atores negros que esse país já viu. O público
estava muito preocupado
em tirar fotos e sorrisos do astro Global casado com a mocinha Global. Pena.
Poucos foram para ouvir as coisas que o artista nero tinha a falar.
Pouco o artista negro falou.
Mas falou.

sexta-feira, janeiro 19

Mais um poema do Vina que me assolapou nos meus idos da adolescência. Boa Leitura

O olhar para trás

Nem surgisse um olhar de piedade ou de amor
Nem houvesse uma branca mão que apaziguasse minha fronte palpitante...
Eu estaria sempre como um círio queimando para o céu a minha fatalidade
Sobre o cadáver ainda morno desse passado adolescente.

Talvez no espaço perfeito aparecesse a visão nua
Ou talvez a porta do oratório se fosse abrindo misteriosamente...
Eu estaria esquecido, tateando suavemente a face do filho morto
Partido de dor, chorando sobre o seu corpo insepultável.

Talvez da carne do homem prostrado se visse sair uma sombra igual à minha
Que amasse as andorinhas, os seios virgens, os perfumes e os lírios da terra
Talvez… mas todas as visões estariam também em minhas lágrimas boiando
E elas seriam como óleo santo e como pétalas se derramando sobre o nada.

Alguém gritaria longe: - "Quantas rosas nos deu a primavera!..."
Eu olharia vagamente o jardim cheio de sol e de cores noivas se enlaçando
Talvez mesmo meu olhar seguisse da flor o vôo rápido de um pássaro
Mas sob meus dedos vivos estaria a sua boca fria e os seus cabelos luminosos.

Rumores chegariam a mim, distintos como passos na madrugada
Uma voz cantou, foi a irmã, foi a irmã vestida de branco! - a sua voz é fresca como o orvalho...
Beijam-me a face - irmã vestida de azul, por que estás triste?
Deu-te a vida a velar um passado também?

Voltaria o silêncio - seria uma quietude de nave em Senhor Morto
Numa onda de dor eu tomaria a pobre face em minhas mãos angustiadas
Auscultaria o sopro, diria à toa - Escuta, acorda
Por que me deixaste assim sem me dizeres quem eu sou?

E o olhar estaria ansioso esperando
E a cabeça ao sabor da mágoa balançando
E o coração fugindo e o coração voltando
E os minutos passando e os minutos passando...

No entanto, dentro do sol a minha sombra se projeta
Sobre as casas avança o seu vago perfil tristonho
Anda, dilui-se, dobra-se nos degraus das altas escadas silenciosas
E morre quando o prazer pede a treva para a consumação da sua miséria.

E que ela vai sofrer o instante que me falta
Esse instante de amor, de sonho, de esquecimento
E quando chega, a horas mortas, deixa em meu ser uma braçada de lembranças
Que eu desfolho saudoso sobre o corpo embalsamado do eterno ausente.

Nem surgisse em minhas mãos a rósea ferida
Nem porejasse em minha pele o sangue da agonia...
Eu diria - Senhor, por que me escolheste a mim que sou escravo
Por que chegaste a mim cheio de chagas?

Nem do meu vazio te criasses, anjo que eu sonhei de brancos seios
De branco ventre e de brancas pernas acordadas
Nem vibrasses no espaço em que te moldei perfeita...
Eu te diria - Por que vieste te dar ao já vendido?

Oh, estranho húmus deste ser inerme e que eu sinto latente
Escorre sobre mim como o luar nas fontes pobres
Embriaga o meu peito do teu bafo que é como o sândalo
Enche o meu espírito do teu sangue que é a própria vida!

Fora, um riso de criança - longínqua infância da hóstia consagrada
Aqui estou ardendo a minha eternidade junto ao teu corpo frágil!
Eu sei que a morte abrirá no meu deserto fontes maravilhosas
E vozes que eu não sabia em mim lutarão contra a Voz.

Agora porém estou vivendo da tua chama como a cera
O infinito nada poderá contra mim porque de mim quer tudo
Ele ama no teu sereno cadáver o terrível cadáver que eu seria
O belo cadáver nu cheio de cicatriz e de úlceras.

Quem chamou por mim, tu, mãe? Teu filho sonha...
Lembras-te, mãe, a juventude, a grande praia enluarada...
Pensaste em mim, mãe? Oh, tudo é tão triste
A casa, o jardim, o teu olhar, o meu olhar, o olhar de Deus...

E sob a minha mão tenho a impressão da boca fria murmurando
Sinto-me cego e olho o céu e leio nos dedos a mágica lembrança
Passastes, estrelas... Voltais de novo arrastando brancos véus
Passastes, luas... Voltais de novo arrastando negros véus...

Rio de Janeiro, 1935

Vinícius de Moraes

quarta-feira, janeiro 17

Resposta ao Tempo

Artista: Nana Caymmi
de Aldir Blanc e Cristovão Bastos

Batidas na porta da frente é o tempo
Eu bebo um pouquinho pra ter argumento
Mas fico sem jeito, calado, ele ri
Ele zomba do quanto eu chorei
Porque sabe passar e eu não sei
Um dia azul de verão, sinto o vento
Há folhas no meu coração é o tempo
Recordo um amor que perdi, ele ri
Diz que somos iguais, seu eu notei
Pois não sabe ficar e eu também não sei
E gira em volta de mim, sussurra que apaga os caminhos
Que amores terminam no escuro sozinhos
Respondo que ele aprisiona, eu liberto
Que ele adormece as paixões, eu desperto
E o tempo se rói com inveja de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor pra tentar reviver
No fundo é uma eterna criança que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder me esquecer
No fundo é uma eterna criança que não soube amadurecer
Eu posso ele não vai poder me esquecer

Batidas na porta porta da frente* (é o tempo)

Éh! Delegado, não adianta olhar para mim, ler e procurar aqui os vestígios dos melhores tempos de sua vida. Sinto, mas esses não foram os melhores momentos de sua parca existência. Não se iluda, olhe a sua volta, o sorriso de sua companheira, a balburdia que as crianças fizeram pela casa e esse bendito cachorro que não aprende que lugar de bicho é lá fora. Não fique assim, é férias, é natural.
Claro, ficarás tentado a achar o contrário, que sua companheira já não tem os encantos da juventude, que as crianças sofreram e absorveram a má influência dos avós e que o cachorro... o cachorro... bem,
- Mas nem era para ele vir, nem temos tanto espaço na casa. Isso é coisa dos avós, eles e essa mania de fazer as vontades das crianças, tsc, tsc, tsc! Dir-me-ia, balançando a cabeça negativamente, com a voz um pouco mais grossa, se estivesse aqui ao seu lado.
cara, mas o ... (não sei o nome dele, pois o tempo que nos separa me impede de tais profecias. Ademais, sabe-se lá qual será o nome da moda que vai seduzir os curumins e encorajá-los a chamá-lo de.) está aí e descartá-lo, a história mostra que não é uma boa saída. (vide Wanilla**).
Sem dúvidas, ficou encantado por todas as descobertas que fez no decorrer destas três primeiras décadas, os amigos, as poucas, mas únicas paixões, o amor e as perdas daquelas pessoas importantes (pois as perdas – como as derrotas - também nos completam e nos tornam vencedores, nos enchem). Ok, é natural que toda aquela liberdade ainda o seduza. Era a vida que começava a ser vivida, cabra. E lhe digo que, assim como esse texto nasceu daquele sopro em seu ouvido, a existência também se faz e se refaz; de coisas pequenas, de palavras simples, de sons populares, de toques delicados, de simples olhares e de encontros. Os encontros. Nossa! Raros e vitais.
Responda-me uma coisa: foi fácil se abancar aí no computador e começar a reler nossas coisas neste blog até se deparar com esse texto escrito numa manhã ensolarada de uma quarta-feira (dia de análise) de um janeiro qualquer? Nem sei o porquê da pergunta, mas meus parabéns! Com duas crianças dentro de casa, um cachorro, com a loucura do dia-a-dia e com a parte que lhe cabe nas tarefas domésticas, é um feito! Acho bom você reativar o CC e me contar como foi capaz de fazer isso.
Mas vá lá, afunde-se nas outros posts que estão aí pras bandas de cima (pois, se ainda és um bom blogueiro, sabes que a melhor maneira de começar a ler um blog, sem perder o fio da coisa, é começar dos posts mais antigos) e refunde-se.


*Essas palavras abrem o primeiro verso da música: Resposta ao Tempo, de Aldir Blanc e Cristovão Bastos
Na voz de Nana Caymmi.
**Wanilla era o nome daquele cahorro que chegou lá em casa em um dia qq de um janeiro distante. Lembra? Se não estiver lembrando, ligue para a Priscila, ela vai te ajudar. rsrs! Acho que ela não esqueceu dos 15 pontos que levou na perna por conta de umas brincadeiras dele. Como chovia naquele dia. Nossa!

terça-feira, janeiro 16

Ela e Eu
Caetano Veloso

Ela nem olhou pra mim, ela nem ohou pra mim
passei horas no espelho me arrumando o dia inteiro
e nem se quer olhou pra mim
Como quem guarda lembrança me agarrei na esperança
confiei num grande amor
me arrumei o dia inteiro tomei até banho de cheiro
parecendo um sonhador
Quando fui na euforia coração de alegria
gritou mais que um bandolim
chegou feito uma princesa coroada de beleza
e nem se quer olhou pra mim
____

11:31
ele: ola
ela: Oi. Que o senhorito tava afzendo in line?
humf.

11:32
ele: olmoço
ela: on line, digo.
E pq não me avisou, viaidnho?
ele: rsrsrs
ela: viadinho (hj eu tô boa na digitação, como vc pode notar).
Não é pra rir, não.
ele: pq vim responder emails
ela: risos

11:33
ele: e vc.
???? digo.
ela: vim ver email.
ele: li o email dela
digo blog
ela: bonitinho, né?

11:34
ele: estava pescando umas coisas aqui para por no blog.
já está lá.

11:35 ela: Nossa...
ele: que foi
ela: forte.

11:36
ele: às vezes. quero estourar.
ai vc vem e me alivia
ela: Eu acho que não tenho essa capacidade. Eu só sei é te deixar mais e mais cheio. Cheio desse presente estranho, cheio do passado nosso, cheiro de um futuro que quem sabe.

11:37
ela: Eu te encho demais o saco.
ele: de vida.
Não era nada de nada
Apenas páginas em branco
Prenhas de cursores galopantes
Enteres brilhantes
Aos sons de teclados
Tontos
Desorientados.

sexta-feira, janeiro 12

Post do dia

Bolo de cenouraPor: Tudo Gostoso
221 votos - opine

INGREDIENTES:
1/2 xícara (chá) de óleo
3 cenouras médias raladas
4 ovos
2 xícaras (chá) de açúcar
2 1/2 xícaras (chá) de farinha de trigo
1 colher (sopa) de fermento em pó Cobertura
1 colher (sopa) de manteiga
3 colheres (sopa) de chocolate em pó ou Nescau
1 xícara (chá) de açúcar
Se desejar uma cobertura molinha coloque 5 colheres de leite Veja a tabela de conversão de medidas.(gramas para xícaras, colheres, etc.)

1h 00min
8 porções
MODO DE PREPARO:
Bata tudo no liquidificador, primeiro a cenoura com os ovos e o óleo, depois os outros ingredientes misturando tudo, menos o fermento.
Esse é misturado lentamente com uma colher.
Asse em forno pré aquecido (l80ºC) por 40 minutos.
Para a Cobertura: misture todos os ingredientes, leve ao fogo, faça uma calda e coloque por cima do bolo.
tatiana coelho de oliveira:muito boa!!!!Essa receita já fazia a alguns anos,receita da vovó é a sensação da casa todos ficam rodando na cozinha não esperam nem esfriar.
Danielle Rodrigues da Costa:Tudo de Bom!!!!Ficou uma delícia, fofinho e com a cobertura crocante!!!!
catia cristina silva oliveira:O bolo não cresceu!!!Não gosto muito de bolo de liquidificador por que não cresce,tentei faze-lo mas não cresceu e solou.
euzenir alves:muito boaeu fiz e todo mundoadorou...meu marido sempre pede pra fazer e muito bommmmmmmm..
Karen Cabral:A-DO-REI!!!!!A receita é deliciosa e muito fácil de fazer!!! E mesmo que o seu copo do liqüidificador for pequeno, se você bater à mão, não irá se cansar de tão leve que é a massa!!! Mais uma coisa: pra fazer a calda de chocolate ficar crocante, troque o leite por água!

quarta-feira, janeiro 10



"...Meu amor
Deixa eu chorar até cansar
Me leve pra qualquer lugar
Onde Deus possa me ouvir..."

Vander Lee
Durante um tempo fui só. Eu diante de uma parte esquecida de mim, adormecida de tudo que não tinha coragem de ser. Mas, por essas cousas da vida, numa parte que era dela - e, por isso, ela o fez – disse que dela era aquilo. Quanto vale um amor? Vale o susto de se ver no outro, num eu diferente e, por isso, tão igual.
Veio calma. Tomando conta dos meus momentos comigo e se perseguindo nas minhas fugas. Fugir? Já não havia. Hoje sabe-se, não queira.
Não sou mais apenas essa vida que sinto dentro de mim.
Sou mulher, homemulher, pedra que rola e desce doce a ladeira, correndo para o lago caudaloso de ti, em mim, bálsamo dos meus mais profundos temores pueris.
Sou a delicadeza dos pelos finos (quase negros) na pele alva (toda preta), macia e cheia de luz. Sou dedos curtos pintados de vermelho na pele negra (toda branca).
Sou lábios grossos nos dentes pequenos e certos,
molhados do meuteu gosto.

quinta-feira, janeiro 4

rabiscos do Guto




...juntos vamos acordar o amor
carícias, canções,
deixa entrar o sol da manhã
a luz do sol,
eu com você sou muito mais...

*palavras: Azevedo, Geraldo.

Anexo

04/01/2007 - 10h21

Por um mês sem trabalho, 13 suplentes vão levar R$ 46 mil

Por um mês na função, 13 suplentes de deputados federais vão receber cerca de R$ 46 mil, cada um. Eles assumiram o lugar de parlamentares que ocuparão outros cargos públicos e deixam o cargo no próximo dia 31, quando se encerra a atual legislatura. Durante todo o mês, o Congresso estará em recesso.

Além dos 13 deputados que ficarão um mês no cargo, outros 11 suplentes também tomam posse este mês, mas seguirão nos cargos em fevereiro.

A maioria dos suplentes substituirá deputados que foram eleitos governadores e vice-governadores ou nomeados secretários nos Estados.
_
Quem quiser continuar lendo essa vergonha... clique aqui

hehehe! e essa música (minha cabeça ainda precisa delas) me lembra alguém.


autor: sei não

Ana Banana

Eu perdi o meu relógio
Eu não sei que horas são
Perguntei se alguém achou
Todo mundo disse não!
Não! Oh! Não! Oh! Não!
Pega o fone e diz um nome
Mas ao menos vê se come
Eu perguntei se alguém comeu
Todo mundo respondeu não!
Não! Oh! Não! Oh! Não!

{Refrão}

Ana Banana!
Por tua causa eu tô em cana , baby!
Ana Banana!
Me leva agora pra tua cama!
Oh! Ana Banana
Oh! Ana

Eu perdi o meu relógio
Eu não sei que horas são
Perguntei se alguém achou
Todo mundo disse não!
Não! Oh! Não! Oh! Não!
Pega o fone e diz um nome
Mas ao menos vê se come
Eu perguntei se alguém comeu
Todo mundo respondeu não!
Não! Oh! Não! Oh! Não!

{Refrão}

Eu perdi o meu relógio
Eu não sei que horas são
Perguntei se alguém achou
Todo mundo disse não!
Não! Oh! Não! Oh! Não!
Pega o fone e diz um nome
Mas ao menos vê se come
Eu perguntei se alguém comeu
Todo mundo respondeu não!
Não! Oh! Não! Oh! Não!

quarta-feira, janeiro 3

Notícias do Norte e outras
cositas mais?
enfie
o dedo aqui.
Mais música. Hoje quero apenas sons neste cabeção.

Cajuína

"Existirmos. A que será que se destina
Pois quando tu me deste a rosa pequenina
Vi que és um homem lindo e que se acaso a sina
De um menino infeliz não se nos ilumina
Tão pouco turva-se a lágrima nordestina
E apenas a matéria vida era tão fina
E éramos olharmo-nos intacta retina
Da cajuína cristalina em Teresina"

(Caetano Veloso - com citação de poema de Sapho)
_________________

A cajuína é uma espécie de vinho preparado com caju (Não alcólico). É uma bebida típica do Nordeste do Brasil, especialmente do Piauí. É preparada de maneira artesanal, por diversos produtores.




Letras Caetano Veloso - Letra Circulado de Fulo

circuladô de fulô ao deus ao demodará que deus te guie porque eu não posso guiá e viva quem já me deu circuladô de fulô e ainda quem falta me dá soando como um shamisen e feito apenas com um arame tenso um cabo e uma lata velha num fim de festafeira no pino do sol a pino mas para outros não existia aquela música não podia porque não podia popular aquela música se não canta não é popular se não afina não tintina não tarantina e no entanto puxada na tripa da miséria na tripa tensa da mais
megera miséria física e doendo doendo como um prego na palma da mão um ferrugem prego cego na palma espalma da mão coração exposto como um nervo tenso retenso um renegro prego cego durando na palma polpa da mão ao sol circuladô de fulô ao seus ao demodará que deus te guie porque eu não posso guiá e viva quem já me deu circuladô de fulô e ainda quem falta me dá o povo é o inventalínguas na malícia da maestria no matreiro da maravilha no visgo do improviso tenteando a travessia azeitava o eixo do sol circuladô de fulô ao deus ao demodará que deus te guie porque eu não posso guiá e viva quem já me deu circuladô de fulô e ainda quem falta me dá e não peça que eu te guie não peça despeça que eu te guie desguie que eu te peça promessa que eu te fie me deixe me esqueça me largue me desamargue que no fim eu acerto que no fim eu reverto que no fim eu conserto e para o fim me
reservo e se verá que estou certo e se verá que tem jeito e se verá que está feito que pelo torto fiz direito que quem faz cesto faz cento se não guio não lamento pois o mestre que me ensinou já não dá ensinamento circuladô de fulô ao deus ao de modará que deus te guie porque eu não posso guiá e viva quem já me deu circuladô de fulô e ainda quem falta me dá.
Apesar da gripe (tá muito phoda)

ele

sobreviveu.

E assim

será.

terça-feira, janeiro 2

em BH chove. tudo bem, pouco me importa o cinza úmido, até me apraze os dias de ares embotados de água. mas a gripe... putz! ela me pegou logo no primeiro dia do ano. parece que são os meus sintomas, festejando o fim e o início de menos um ano de minha existência. e foi isso sim. eu estava lá e vi e ouvi o conluio para a execução deste festim libertino. além do mais, a minha cabeça já começa a sofrer com as câimbras sucessivas, prova de que estou certo. as costas? as minhas costas doem, mas não tanto como as pontas dos pontos finos das fibras que compõem os fios capilares pregados em meu cérebro. pés, tornozelos, joelhos, coxas e rótulas? já não há, o que tenho são juntas latejantes, o resto são fincadas que se alongam e percorrem o que creio ter sido (um dia) um par pernas. os ombros estão imobilizados, vencidos pelos choques, não muito diferentes destes pedaços largados, entrelaçados pelas pontas do que outrora foram dedos longos, por sobre a caixa torácica. Aliás, devo dizer que dentro dela há uma celebração muito rica e cheia de cores, o que contrasta com o cortejo pagão monocromático que minhas angústias mais fundas saboreiam ao som da tempestade.

*que a gramática me seja leve


Chove Chuva

Jorge Ben Jor

Composição: Indisponível

Chove chuva,
Chove sem parar. (bis)

Pois eu vou fazer uma prece
Pra deus, nosso senhor.
Pra chuva parar
De molhar o meu divino amor.
Que é muito lindo,
É mais que o infinito,
É puro e belo,
Inocente como a flor.

Por favor, chuva ruim,
Não molhe mais o meu amor assim. (bis)

Chove chuva,
Chove sem parar. (bis)

Sacundim, sacundém,
Imboró, congá,
Dombim, dombém,
Agouê e obá. (3x)
"Coma proteína. "

E assim o fiz.

O seu vai

Na semana que vem

Vontade de ir

Mas vc não vem

E a dor que a gente tem

Me fez ir além

*d'ela

O medo
O amor
A morte.