quarta-feira, dezembro 12

Acordei pensando em uma provável viagem pelos caminhos já percorridos por Guimarães Rosa. Estranho esse pensamento que me invadiu a mente. Por um instante, os meus medos se calaram, senti uma coisa boa e inquieta percorrendo por aqui. Uma coisa de gente que some na vida, faz outras escolhas, vive outros amores e retorna para rever os que não foram escolhidos mas que nunca foram esquecidos. Retornar. Palavra boa. Retornar deve ser como nascer para dentro, ouvir os sons silenciosos daquilo que está tão perto, mas tão perto da gente que já nem sabemos mais em que camada da derme está. Retornar. Palavra que angustia. Deve ser uma tentativa de preencher o que falta. Mas alguma coisa sempre falta. Aliás, desejo bobo este meu de viajar. Sempre haverá uma coisa que falte. Sempre haverá diferentes formas de e lugares de onde olhar o mesmo dia.