quarta-feira, dezembro 27

Tudo começou em uma tarde emburrada, em um diazildo de inverno, cinza, entrecortado de tempestades.
Tão minhas.
Seis meses, é o tempo que me separa do que se tornou tão saboroso encontro.

...

sábado, novembro 18

Foto: Telmo Soares de Carvalho

(Vange Milliet e Itamar Assumpção)


e não se esqueçam da Ná.

(a foto é do tempo do grupo Rumo, onde tudo começou.)

iniciei o sábado ao som desse povo.
nada como os Malditos... nada.

sexta-feira, novembro 17

mais uma do sol amazônico

Este é "seu" Osvaldinho, figura de todos cantos deste país.
Hoje a casa dele é Porto de Trombetas, no Pará, norte do Brasil.
Ele é dessas pessoas simples, de olhar mineiro,
que te despe até alma.

e eu nem ouvi o Cachorro Grande...

que festival foi aquele?
sexta cabulosa esta.
eu vou é para o samba, pois lá sou amigo do sô Ronaldo, o homem que comanda o Opção, espaço de bambas em BH.
Ah! Quero a velha guarda na veia, os surdos no coração, batendo forte, picotando a alma e desfazendo o que resta de razão nisso tudo.

"só sei viver mesmo se for num samba..."
(não lembro da letra direito, mas o rumo era esse)

terça-feira, novembro 14

antonior disse...

Caríssimo,

O caos é a forma mais sublime e sofisticada de organização. As nossas capacidades de inteligir é que não chegam para apreender a relação entre os elementos dos conjuntos que o compõem. Lamentemos, apenas, os nossos limites.

Abraço, Amigo!

3:42 PM

Walquíria Raizer disse...

O caos. Isso, o caos!!!

7:02 PM

Gio disse...

Minha cabeça dói. antes era o mundo que doia. É um progresso?

Beijos.

12:39 PM

.....


Brindemos ao caos que nos joga ao inteligível.

segunda-feira, novembro 13

o anúncio

o riso

a expectativa

o pedido

a permissão

a fila dos ingressos

a espera

o dia

o ritual

mais fila

os amigos

o show

o beijo

o sarro

a fila

o banheiro

o alívio

a morfina

o grito

o bis

a fila

o ônibus

a casa

as lembranças

as histórias

o nada.

sexta-feira, novembro 10

quinta-feira, novembro 9

como um shopping center me causa tristeza.


Todas as almas ali, andando

de “cá-pra-lá”

de “lá-pra-cá”

a passos curtos e rápidos, com um belo sorriso vazio no rosto e um brilho intenso no olhar que grita: “cadê?...

cadê? ...

cadê a felicidade?”.

..................................................

anexo: e o último festival de rock da moda vem aí!

o que será deste que vos escrevinha?


Ontem fui conhecer o Guiga. O cara nasceu com seis meses de gestação e já está brigando feito leão (como a avó gostaria de vê-lo) para sair da incubadora e ganhar este mundo. Inventaram uma cirurgia, um não sei o que no sangue, mas o “muleque” está lá, teimoso, firme, com o olhar calmo e sereno como um legítimo bisneto de D. Maria, de "seu" Enock.


terça-feira, novembro 7

A minha sobrinha, Clara Thaís, anda curtindo Cordel Do Fogo Encantado. Meu Deus! Essa menina brincava de bonecas no meu quarto durante as minhas intermináveis e penosas tardes de estudos para as provas de biologia. E mais, vivia querendo comer o ovo que estava no meu prato. Bem diferente da moça que hoje vem me falar do namorado estranho, de engenharia e que não vai deixar os filhos, que ainda nem tenho, estudarem humanas. Durma-se com isso.

Os Anjos Caídos (ou A Construção do Caos)
Composição: Lirinha


Os homens são anjos caídos que Deus mandou para Terra porque
botaram defeito na criação do mundo. Aqui, começaram a
inventar coisas, a imitar Deus. E Deus ficou zangado, mandou muita chuva e muito
fogo, eu vi de perto a sua raiva sacra, pois foram sete dias de trabalho intenso,
eu vi de perto, quando chegava uma noite escura
Só meu candeeiro é quem velava o Seu sono santo
Santo que é Seu nome e Seu sorriso raro
Eu voava alto porque tinha um grande par de asas
Até que um dia caí
E aqui estou nesse terreiro de samba
Ouvindo o trabalho do Céu
E aqui estou nesse terreiro de guerra
Ouvindo o batalha do Céu
Nesse terreiro de anjos caídos
Cá na Terra trabalho é todo dia
Levantar quebrar parede
Matar fome matar a sede
Carregar na cabeça uma bacia
E esse fogo que a Sua boca envia
Pra nossa criação
Deus

segunda-feira, novembro 6

quarta-feira, novembro 1

agora chove como nunca, ou melhor: como em Tucumã.
vai entender...

Notícias desagradáveis de última hora

uma jovem, vinte-poucos anos, (ao que tudo indica) se cansou e preferiu se morrer no coração de Belo Horizonte.

ela acabou de se lançar da janela do edifício (o nome não me foi confirmado) que fica entre o cruzamento das ruas Rio de Janeiro e Tupis, próximo ao shopping Cidade, região central da cidade. “é hora do almoço”, e a multidão já se formou no local.

...

“... como pode? as pessoas ainda se matam ..."

pois é Eliana... as pessoas ainda se matam. É a paixão dos suicidas, como diria Bandeira.

paz a ela e aos dela.


lá fora o sol tá de matar. e minha gripe e esta tosse, com seu simpático sotaque nortista, ainda insistem em me acompanhar.

terça-feira, outubro 31

Avery Veríssimo disse...

"Rogério Duprat foi importantíssimo para a música brasileira. Foi para Caetano, Tom Zé e Mutantes o que o Geroge Martin foi para os Beatles. Ele e o Hélio Oiticica moldaram plástica e musicalmente o movimento tropicalista".

é!
"Dito às claras e às secas, sou da raça sem méritos nem brilho, que não teria nada a legar aos seus sobreviventes não fossem os fatos que me proponho a narrar do jeito que conseguir nesta memória do meu grande amor."

segunda-feira, outubro 30

é só por

falar em

alegria
é apenas

por

lembrar de

samba


cadenciando a

nostalgia

Aconteceu
Adriana Calcanhoto
Aconteceu quando a gente não esperava
Aconteceu sem um sino pra tocar
Aconteceu diferente das histórias
Que os romances e a memória
Têm costume de contar
Aconteceu sem que o chão tivesse estrelas
Aconteceu sem um raio de luar
O nosso amor foi chegando de mansinho
Se espalhou devagarinho
Foi ficando até ficar
Aconteceu sem que o mundo agradecesse
Sem que rosas florescessem
Sem um canto de louvor
Aconteceu sem que houvesse nenhum drama
Só o tempo fez a cama
Como em todo grande amor

De quando em vez acontece.

sexta-feira, outubro 27

um minuto

veio da Folha

O corpo do maestro e arranjador tropicalista Rogério Duprat, que morreu nesta quinta-feira (26), aos 74 anos, é velado desde a meia-noite no MIS (Museu da Imagem e do Som), no Jardim Europa (zona oeste de São Paulo). O corpo será cremado no início da tarde no crematório da Vila Alpina (zona leste).

09.05.2002/Fabiana Beltramin/FI
Rogério Duprat revolucionou a música com seu trabalho em discos tropicalistas desde anos 60
Rogério Duprat revolucionou a música com seu trabalho em discos tropicalistas desde anos 60

O músico estava internado desde o último dia 10 no hospital Premier Residence na Vila Cordeiro (zona sul). Ele sofria de mal de Alzheimer e câncer de bexiga, que causou insuficiência renal, segundo o hospital.

Duprat foi o principal arranjador dos discos tropicalistas, desde o final dos 60. Ele trabalhou com artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Tom Zé, os Mutantes, Nara Leão. Ele também ajudou a criar Orquestra de Câmara de São Paulo em 1956.

O músico nasceu no Rio de Janeiro no dia 7 de fevereiro de 1932, mas logo se transferiu para São Paulo. Pai de três filhos, Duprat começou a estudar violoncelo no início dos anos 50. Estudou na Europa. Fez trilha para o cinema e publicidade. Devido ao intenso trabalho nos estúdios, adquiriu deficiência auditiva e, nos últimos anos, vivia em um sítio em Itapecerica da Serra (Grande SP) ao lado da mulher Lali.
E a Rosilda que não vem abrir a redação...
E essa gripe que eu trouxe de Belém...
E esse silêncio?
Quem está a fazer esse selêncio desorientador.

É! E aquela umidade absurda da floresta Amazônica. E dos igarapés. E de Trombetas. E de Santarém. E do Xingu. E de Marabá. E daquele Brasil verde.

obs: a Rosilda chegou. Palmas para ela! Agora vou ali, preciso ligar para uma figura muito interessante.

quinta-feira, outubro 26

E essa tosse dos infernos que deixa a tela do meu computador toda resfriada?
Pior que ter a linha de raciocínio (que é delgada) interrompida é ter de limpar a tela toda vez ela vem. Ó céus!

Em tempo: sons estranhos ecoam da Sala de Justiça.

quarta-feira, outubro 25

"Eu tenho medo de abrir a porta
Que dá pro sertão da minha solidão"
me larguei.
me fui.
se volto?
nem sei.
p q me lembrei daquela noite (daquelas) em Ouro Preto, na inauguração (leia-se: devolução ao povo o que dele é de direito) do Cine-Teatro Vila Rica?
Poucos metros de mim, Paulo José, subiu em alguns tb poucos metros de tablados forrados de vermelho e encantou a todos com sua inquietude involuntária- coisas do tempo - sua voz grave e suave e com seu amor pela arte. tudo parou.
Como me gostaria ter um inimigo. Um bom, capaz de ser alvo o bastante. Assim, o condenaria a ser Ricardo na vida. Preso em tudo que sou, estaria ele condenado a despertares dolorosos, tardes nebulosas e noites repletas de estrelas estáticas, sem brilho.
Creio que olhar o que passou é como ver luzes que se apagaram. É uma espécie de marrer as coisas que fomos e nos preparar para o que seremos.
Não gosto do dia claro com sol, que cega. Sou mais a vida subterrânea, com poucos pontos claros que guiam. Tenho ânsia por ela, escavar rumo ao que não há, remexer, revirar, amarrotar até me doer, me renascer.

quinta-feira, outubro 19

Viva o índio do Xingu!
Uma voz rouca
Sons desajuntados
(como não gritar)

Falou da vontade
Mãos dadas
Beijo na testa
Risos do nada
Felicidade que não se cala

Ouvir dos olhos
Eu te amo
Te
Amo

Ver no ar
Um gosto doce
da voz aflita
Sentir no perfume
Do corpo suado
A lágrima do desejo

Então
Acariciar na escuridão
A paz que sai dos pulmões
E escorre quente
Envolvendo
Com calma
Delicadeza
E flor
de uma Lins

terça-feira, outubro 17

aviso:
Ourilândia do Norte, no sul do PA, é muito longe e a conexão é uma tarde de domingo sem sol.

sexta-feira, setembro 22

acho que eu sou a pessoa que ainda escuta o Belchior.

Pequeno Mapa do Tempo

Eu tenho medo e medo está por fora

O medo anda por dentro do meu coração
Eu tenho medo de que chegue a hora
Em que eu precise entrar no avião
Eu tenho medo de abrir a porta
Que dá pro sertão da minha solidão
Apertar o botão: cidade morta
Placa torta indicando a contramão
Faca de ponta e meu punhal que corta
E o fantasma escondido no porão
Medo, medo. Medo, medo, medo, medo
Eu tenho medo de Belo Horizonte
Eu tenho medo de Minas Gerais
Eu tenho medo que Natal Vitória
Eu tenho medo Goiânia Goiás
Eu tenho medo Salvador Bahia
Eu tenho medo Belém do Pará
Eu tenho medo Pai, Filho, Espírito Santo São Paulo
Eu tenho medo eu tenho C eu digo A
Eu tenho medo um Rio, um Porto Alegre, um Recife
Eu tenho medo Paraíba, medo Paranapá
Eu tenho medo estrela do norte, paixão, morte é certeza
Medo Fortaleza, medo Ceará
Medo, medo. Medo, medo, medo, medo
Eu tenho medo e já aconteceu
Eu tenho medo e inda está por vir
Morre o meu medo e isto não é segredo
Eu mando buscar outro lá no Piauí
Medo, o meu boi morreu, o que será de mim?
Manda buscar outro, maninha, lá no Piauí

quinta-feira, setembro 21

do Fogo Encantado

Bloguistas, por aqui choveu

Choveu que até engasgou

Foi tanta chuva que o teclado enlameou

Choveu que até ele duvidou

Foi tanta chuva que o dedo

Choveu que até enrugou

Foi tanta chuva que a dor se afogou

Foi tanta chuva que uma alegria brotou

quarta-feira, setembro 20

é uma pena que a nossa presença seja tão ligeira e não podemos aprender mais (um com o outro).

quinta-feira, agosto 31

hoje acordei meio aflito... deve ser a "tesoura do desejo",
mas o ar ainda está denso, as luzes opacas e o dia? parece-me que vai se desfazer em água...

acho que o sentimento do mundo é pouco para o que trago...

acho que vou precisar de mais um mundo.

quarta-feira, agosto 30

Composição: Vander Lee

Meus olhos te viram triste
Olhando pro infinito
Tentando ouvir o som do próprio grito
E o pouco que ainda me resta
Só quis te levar pra festa
Você me amou de um jeito tão aflito
Que eu queria poder te dizer sem palavras
Eu queria poder te cantar sem canções
Eu queria viver morrendo em sua teia
Seu sangue correndo em minha veia
Seu cheiro morando em meus pulmões
Cada dia que passo sem sua presença
Sou um presidiário cumprindo sentença
Sou um velho diário perdido na areia
Esperando que você me leia
Sou pista vazia esperando aviões
Sou o lamento no canto da sereia
Esperando o naufrágio das embarcações

terça-feira, agosto 29

segunda-feira, agosto 28

ando com muita saudade do que fui,
do homem que nunca fui e sonhava ser (com uma companheira carinhosa e com rebentos risonhos e sonhadores, como fui nas noites quentes de verão)
sobre minha cabeça, ainda sinto o pousar de seus dedos finos e macios - delicados, como beijo-de-mãe.
o som daquele desejo agora se mistura ao emaranhado de minha mente, é como fosse mais um folião do meu carnaval de idéias não-pensadas.

terça-feira, agosto 22

isso é apenas um blog e eu apenas uma pessoa. como tantas outras, tb escrevo em um blog. não divulgo esse meu canto. geralmente visito poucos cantos também. pensei que, assim, poderia ficar mais tranqüilo e sem a preocupação besta de ser julgado pelo que escrevo, mas esqueci que as outras pessoas também são apenas pessoas (carregadas de tudo o que o ser humano é).
bem, é a vida que segue e a morte que se aproxima, enquanto isso, na sala de justiça, um clássico da literatura empresarial me aguarda; Manutenção.
tenho vontade de ir para casa.
como escolhi isso aqui, não há como fugir, mas, quem por aqui passar, não precisa deixar comentário algum. fiz o blog apenas para escrever, já que fico em frente ao computador o dia todo.

sexta-feira, agosto 18

O pouco de vida que havia no corpo se esvaia em sons guturais, que invadiam meu corpo - ensurdecia os ouvidos. Tentava, mas a parede não se abria. Tentava, numa discussão vã, negociar a crueza daquele momento, tentava fugir para mim na esperança de lhe encontrar, tentativa pueril. Não me permiti ouvir mais, era preciso seguir.

“Cada minuto de vida nunca é mais, é sempre menos”.

sexta-feira, agosto 11

Na minha mente um cheiro que ainda lembra você. Sua singela mão sobre meus cabelos era agora tudo o que mais queria nesse fim de tarde despaisado de sexta-feira. Estranhas também ficaram as manhãs de domingo, quando, com seu livro de alquimia, preparava receitas mágicas e maravilhosas para embalar o dia de conversas, gargalhadas, brincadeiras e de preguiça.

Esses momentos de paz se foram, mas estou bem, sem contar o riso sem graça e calado, quando os mais desavisados perguntam por você. É trabalhoso explicar para eles o quanto você foi especial (e, por mais que se esforcem, eles nunca compreenderão), mas me dá um prazer enorme contar de você.

Quem sabe, nós dois num mesmo sonho. Seria só aliviar um pouco corpo e mandar para longe essa vontade de não fazer nada. (t.i)

Como eram belos aqueles sábados em que me despertava, às sete da manhã, com as músicas do Vina, vindo da velha radiola e devidamente acompanhadas pela sinfonia orquestrada pelo meu irmão, ao se preparar alegremente para as aulas na PUC. O mundo parava de girar e as paredes do meu quarto se abriam em sonhos. Nossa! Como é vazio tentar preencher os vazios. Nada tão covarde como tentar fazer brotar dos momentos sozinhos, instantes cheios de esperança, felicidade e prenhes de amor.
"Estou cheia deste papo de que mulher tem que trabalhar e trabalhar e ter filhos perto dos 35. Eu não me reconheço nesse feminismo. O que eu quero mesmo é ser uma Amélia. Moderna, mas Amélia".

Ela falava com a autoridade de uma executiva de uma grande transnacional.
não deixe que todo esse carinho que sinto por vc se transforme em mais uma das tantas páginas em branco que figurarão em meu próximo livro.

quinta-feira, agosto 10

Por que sempre temos de estar limpinhos, bonitinhos, cheirosinhos, macérrimos e engomadinhos? E causa de quê temos de ter BMWs do ano com bancos de couro, todo personalizado, para receber os belos glúteos mínimos de uma mini linda loura com braceletes de ouro, comprados 'pelo Que late' que está ao lado dela, com o rolex até vermelho de tanto ficar sentado em uma bela poltrona dando ordens para a secretária, que não quis dar para ele. E esses figuras adoram estar na moda: compram o carro da moda, comem a comida da moda, dançam a música da moda, beijam a loura da moda e participam do movimento revolucionário da moda. São seres pós pós-modernos (se é que isso existe).
Olhem o "movimento" Viva Rio. A causa é nobre, sim, isso não se discute. Mas qual a diferença entre Viva Rio e Viva Favela? A Cidade Maravilhosa não está repleta de favelas? Ou será que para participar do Viva Rio tem que ser lourinho, limpinho, "cheirosinho", bonitinho na modinha? Espero que alguem me convença o contrário, mas, ao meu ver, caolho e vermelho, isso é discurso. Mais uma vez nós, brasileiros, estamos pintando a realidade de cor-de-rosa, para podermos fazer figuração no Fantástico ou no Nacional ou virar tema das conversar dos pseudos-ntelecto-sociais-democratas (valha-me Deus, de à luz esse negócio agora!).
O Rio não se resume a Ipanema, Condomínios herméticos, et cat... sei lá o quê. O rio também tem a cor do morro, o cheiro do morro. Dali nasce o que a cidade e aquele povo têm de melhor. Um modo peculiar de viver a vida, com alegria, talento, naturalidade, um jeito brasil de ser. Um trem que se repete e sofre as transmutações nas diversas regiões brazucas.
Deixemo-nos de imbróglios, de preocupações "petucaneanas". O mundo não agüenta mais tanta ong para americano ver e inglês aplaudir; filantropia de areia. Nosso país é um só, a mesma violência que está na Região dos Lagos e/ou em BH, SC, SP, GO está nas periferias do Rio, BH, SC, SP, GO. No fundo, isso não deixa de ser mais uma ação de segregação. Uma maneira de nos esquivar da culpa pela desigualdade social que assola o país e que agrava o desmonte de nosso quadro social.
O Vinícius tinha razão. O uísque é o melhor amigo do homem.
antigamente, tínhamos o hábito de sorrir um pro outro,
simplesmente, tudo era riso. sem motivo algum. bastava cruzar olhares,
lá vinha mais um.
mas, o tempo passou.
(o machado, as poucas horas de tédio daqueles momentos, em eternos encontros de paz, transformou)

hoje em dia, os sorrisos já não são os mesmos,
orkuticamente, interneticamente,
trocamos um “oi como vai a vida, maria!”
temos quase dois mudos. são recordações. (que busco nessas amadoras rimas)

em breve serei senhor, pai de família, mas nunca esquecerei
que sorri um dia.

quarta-feira, agosto 9

(...)se as folhas caem,se os navios param,se o vento norteapagou a lanterna,eu tinha nas minhas mãos somente sonhos.Eu tinha nas minhas mãos somente sonhos!"
(Manoel Caixa D'Água, poeta paraibano morto em João Pessoa.)
Goatria de pedir a todos uma salva de palmas para a Gio, ela foi a primeira a deixar algumas valiosas linhas escritas aqui, neste canto meu. obrigado!

é isso!

terça-feira, agosto 8

Esse nosso sistema educacional está uma M. Dá até vontade de votar no Buarque, não o Chico. Mas não sei ele vai dar conta dessa máfia que são as faculdades particulares. Os caras só querem saber de grana. Enquanto isso, na sala de justiça, os filhos da boa sociedade negociam seu diplomas.

segunda-feira, agosto 7

De volta ao mundo dos cursores piscando

o que parece é que se não escrever vou acabar por estourar o cabeção. então, vamos lá sem muito tempo, nem lenço e documento, apenas ao vento. como "um operário do canto", o sou das letras (literalmente), mas o faço com carinho, mesmo sem o talento dos grandes, dou cá minhas escrivinhadas. isso me alivia a mente. e hoje preciso mais que nunca escrever, para colocar para fora tudo que incomoda.