terça-feira, outubro 31

Avery Veríssimo disse...

"Rogério Duprat foi importantíssimo para a música brasileira. Foi para Caetano, Tom Zé e Mutantes o que o Geroge Martin foi para os Beatles. Ele e o Hélio Oiticica moldaram plástica e musicalmente o movimento tropicalista".

é!
"Dito às claras e às secas, sou da raça sem méritos nem brilho, que não teria nada a legar aos seus sobreviventes não fossem os fatos que me proponho a narrar do jeito que conseguir nesta memória do meu grande amor."

segunda-feira, outubro 30

é só por

falar em

alegria
é apenas

por

lembrar de

samba


cadenciando a

nostalgia

Aconteceu
Adriana Calcanhoto
Aconteceu quando a gente não esperava
Aconteceu sem um sino pra tocar
Aconteceu diferente das histórias
Que os romances e a memória
Têm costume de contar
Aconteceu sem que o chão tivesse estrelas
Aconteceu sem um raio de luar
O nosso amor foi chegando de mansinho
Se espalhou devagarinho
Foi ficando até ficar
Aconteceu sem que o mundo agradecesse
Sem que rosas florescessem
Sem um canto de louvor
Aconteceu sem que houvesse nenhum drama
Só o tempo fez a cama
Como em todo grande amor

De quando em vez acontece.

sexta-feira, outubro 27

um minuto

veio da Folha

O corpo do maestro e arranjador tropicalista Rogério Duprat, que morreu nesta quinta-feira (26), aos 74 anos, é velado desde a meia-noite no MIS (Museu da Imagem e do Som), no Jardim Europa (zona oeste de São Paulo). O corpo será cremado no início da tarde no crematório da Vila Alpina (zona leste).

09.05.2002/Fabiana Beltramin/FI
Rogério Duprat revolucionou a música com seu trabalho em discos tropicalistas desde anos 60
Rogério Duprat revolucionou a música com seu trabalho em discos tropicalistas desde anos 60

O músico estava internado desde o último dia 10 no hospital Premier Residence na Vila Cordeiro (zona sul). Ele sofria de mal de Alzheimer e câncer de bexiga, que causou insuficiência renal, segundo o hospital.

Duprat foi o principal arranjador dos discos tropicalistas, desde o final dos 60. Ele trabalhou com artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Gal Costa, Tom Zé, os Mutantes, Nara Leão. Ele também ajudou a criar Orquestra de Câmara de São Paulo em 1956.

O músico nasceu no Rio de Janeiro no dia 7 de fevereiro de 1932, mas logo se transferiu para São Paulo. Pai de três filhos, Duprat começou a estudar violoncelo no início dos anos 50. Estudou na Europa. Fez trilha para o cinema e publicidade. Devido ao intenso trabalho nos estúdios, adquiriu deficiência auditiva e, nos últimos anos, vivia em um sítio em Itapecerica da Serra (Grande SP) ao lado da mulher Lali.
E a Rosilda que não vem abrir a redação...
E essa gripe que eu trouxe de Belém...
E esse silêncio?
Quem está a fazer esse selêncio desorientador.

É! E aquela umidade absurda da floresta Amazônica. E dos igarapés. E de Trombetas. E de Santarém. E do Xingu. E de Marabá. E daquele Brasil verde.

obs: a Rosilda chegou. Palmas para ela! Agora vou ali, preciso ligar para uma figura muito interessante.

quinta-feira, outubro 26

E essa tosse dos infernos que deixa a tela do meu computador toda resfriada?
Pior que ter a linha de raciocínio (que é delgada) interrompida é ter de limpar a tela toda vez ela vem. Ó céus!

Em tempo: sons estranhos ecoam da Sala de Justiça.

quarta-feira, outubro 25

"Eu tenho medo de abrir a porta
Que dá pro sertão da minha solidão"
me larguei.
me fui.
se volto?
nem sei.
p q me lembrei daquela noite (daquelas) em Ouro Preto, na inauguração (leia-se: devolução ao povo o que dele é de direito) do Cine-Teatro Vila Rica?
Poucos metros de mim, Paulo José, subiu em alguns tb poucos metros de tablados forrados de vermelho e encantou a todos com sua inquietude involuntária- coisas do tempo - sua voz grave e suave e com seu amor pela arte. tudo parou.
Como me gostaria ter um inimigo. Um bom, capaz de ser alvo o bastante. Assim, o condenaria a ser Ricardo na vida. Preso em tudo que sou, estaria ele condenado a despertares dolorosos, tardes nebulosas e noites repletas de estrelas estáticas, sem brilho.
Creio que olhar o que passou é como ver luzes que se apagaram. É uma espécie de marrer as coisas que fomos e nos preparar para o que seremos.
Não gosto do dia claro com sol, que cega. Sou mais a vida subterrânea, com poucos pontos claros que guiam. Tenho ânsia por ela, escavar rumo ao que não há, remexer, revirar, amarrotar até me doer, me renascer.

quinta-feira, outubro 19

Viva o índio do Xingu!
Uma voz rouca
Sons desajuntados
(como não gritar)

Falou da vontade
Mãos dadas
Beijo na testa
Risos do nada
Felicidade que não se cala

Ouvir dos olhos
Eu te amo
Te
Amo

Ver no ar
Um gosto doce
da voz aflita
Sentir no perfume
Do corpo suado
A lágrima do desejo

Então
Acariciar na escuridão
A paz que sai dos pulmões
E escorre quente
Envolvendo
Com calma
Delicadeza
E flor
de uma Lins

terça-feira, outubro 17

aviso:
Ourilândia do Norte, no sul do PA, é muito longe e a conexão é uma tarde de domingo sem sol.