terça-feira, março 31

1964

é assim mesmo. em tipos altos, cólera nos olhos e dedos inquietos, no coração?, batidas firmes e traquilas. quero que sejam minhas as palavras da Camila Rodrigues.

aspas
ENQUANTO A GENTE TIVER QUE ENGOLIR CALADO A "DITABRANDA" DEFENDIDA PELA FOLHA DE SÃO PAULO, IGNORAR TODAS AS HERANÇAS DEIXADAS PELA DITADURA EM NOSSA SOCIEDADE, SÓ PODEREMOS TER QUE ENGOLIR MILITARES "COMEMORANDO" O QUE ELES AINDA CHAMAM DE "REVOLUÇÃO DEMOCRÁTICA"... ORA, O DIA 31 DE MARÇO, COMO DISSE A SENHORA DO "TORTURA NUNCA MAIS" É UMA VERGONHA PARA A MEMÓRIA DESTE PAÍS, ENTRETANTO OS MILITARES AINDA REPRODUZEM O DISCURSO QUE TERIA QUE SER IMPOSSÍVEL DE SER ACEITO: SÓ AGORA EM 2009 UM MILITAR FOI CONSIDERADO CULPADO PELA TORTURA DE DUAS PESSOAS! DUAS PESSOAS... E AS OSSADAS DO CEMINTÉRIO DE PERUS, POR EXEMPLO? AQUILO FOI RESULTADO DE UM PEQUENO ACIDENTE?
COMO EU FALAVA MUITO AOS MEUS ALUNOS NO ANO PASSADO: NÃO QUERO CONVENCÊ-LOS DO QUE EU CONSIDERO MELHOR, SÓ QUERO É QUE ELES NÃO ACREDITEM DE ANTEMÃO EM TUDO O QUE FALAM, APRENDAM A REFLETIR CRITICAMENTE SOBRE AS COISAS, SE ELES TOMAREM ISSO COMO HÁBITO, VÃO SE SAIR BEM EM MUITOS MOMENTOS DA VIDA.
SE PUDEREM, ASSISTAM AO VÍDEO E O DIVULGUEM PARA QUE TODOS POSSAM FORMAR SUAS PRÓPRIAS OPINIÕES.
CAMILA
aspas

domingo, março 22

sexta-feira, março 20

Vivas ao Homem-índio da reserva Raposa/Serra do Sol, em Roraima!!!

Mais de 1,7 milhões de hectares de terra, no extremo norte de Roraima e uma quadrilha comandada por uma meia-dúzia-de-bem-corados-e-nutridos arrozeiros.

Esse era o nome do jogo.


terça-feira, março 17

*Batidas na porta da frente...

Éh! Não adianta olhar para mim, ler e procurar aqui os vestígios dos melhores tempos de sua vida. Sinto, mas esses não foram os melhores momentos de sua parca existência. Não se iluda, olhe a sua volta, o sorriso de sua companheira, a balburdia que as crianças fizeram pela casa e esse bendito cachorro que não aprende que lugar de bicho é lá fora. Não fique assim, é férias, é natural.
Claro, ficarás tentado a achar o contrário, que sua companheira já não tem os encantos da juventude, que as crianças sofreram e absorveram a má influência dos avós e que o cachorro... o cachorro... bem,

- Mas nem era para ele vir, nem temos tanto espaço na casa. Isso é coisa dos avós, eles e essa mania de fazer as vontades das crianças, tsc, tsc, tsc!

Dir-me-ia, balançando a cabeça negativamente, com a voz um pouco mais grossa, se estivesse aqui ao seu lado.
cara, mas o ... (não sei o nome dele, pois o tempo que nos separa me impede de tais profecias. Ademais, sabe-se lá qual será o nome da moda que vai seduzir os curumins e encorajá-los a chamá-lo de.) está aí, e descartá-lo, a história mostra que não é uma boa saída. (vide Vanilla**).
Sem dúvidas, ficou encantado por todas as descobertas que fez no decorrer destas três primeiras décadas, os amigos, as poucas, mas únicas paixões, o amor e as perdas daquelas pessoas importantes (pois as perdas – como as derrotas - também nos completam e nos tornam vencedores, nos enchem). Ok, é natural que toda aquela liberdade ainda o seduza. Era a vida que começava a ser vivida, cabra. E lhe digo que, assim como esse texto nasceu daquele sopro em seu ouvido, a existência também se faz e se refaz; de coisas pequenas, de palavras simples, de sons populares, de toques delicados, de simples olhares e de encontros.

Os encontros. Nossa! Raros e vitais. Responda-me uma coisa: foi fácil se abancar aí no computador e começar a reler nossas coisas neste blogue até se deparar com esse texto escrito numa manhã modorrenta de uma quarta-feira (dia de análise) de um janeiro qualquer? Nem sei o porquê da pergunta, mas meus parabéns! Com duas crianças dentro de casa, um cachorro, com a loucura do dia-a-dia e com a parte que lhe cabe nas tarefas domésticas, é um feito! Acho bom você reativar o CC e me contar como foi capaz de fazer isso.
Mas vá lá, afunde-se nos outros posts que estão aí pras bandas de cima (pois, se ainda és um bom blogueiro, sabes que a melhor maneira de começar a ler um blogue, sem perder o fio da coisa, é começar dos posts mais antigos) e refunde-se.


*Essas palavras abrem o primeiro verso da música: Resposta ao Tempo, de Aldir Blanc e Cristovão Bastos
Na voz de Nana Caymmi.

**Vanilla era o nome daquele cahorro que chegou lá em casa em um dia qq de um janeiro distante. Lembra? Se não estiver lembrando, ligue para a Priscila, ela vai te ajudar. rsrs! Acho que ela não esqueceu dos 15 pontos que levou na perna por conta de umas brincadeiras dele. Como chovia naquele dia. Nossa!

***Atualizado em 10/3. Vou parar por aqui pq acabou de chegar uma pessoa muito querida por aqui, a Rebecca.

sábado, março 14

Entre les murs I


em 2002/2003 trabalhei em um projeto de análise comparativa, os jornais brasileiros e franceses estavam em pauta. na época pipocava em toda mídia francesa matérias sobre os problemas nas escolas públicas - principalmente naquelas da periferia. lá, jornais como o France 2 debatiam a situação à exaustão, mas não bastou. dali há alguns meses estourou aquela série de conflitos nos subúrbios de Paris. Levantes que tinham à frente filhos de, e imigrantes desempregados e inadequados à sociedade parisiense.

Entre les murs II



é fácil perceber causadequê Entre les murs nem foi lembrado para o Oscar: ele reflete o outro. a sociedade estadunidense tem um certo probleminha com essa coisa de outridade. bom, eu não sou ninguém importante e/ou qualificado para dizer: "A derrota no César, prêmio da academia francesa, e a perda do Oscar de filme estrangeiro não abalam Cantet. Nem deveriam: seu filme está muito acima das idiossincrasias acadêmicas. Até por olhar para a educação, tema chave para entender os problemas sociais atuais, é um dos grandes filmes de sua época." o que posso fazer é indicar uma boa leitura aquis, alis, alhures e acolás para aqueles que gostam de cinema.

quinta-feira, março 12

na sala 112

- como vai?
- em busca de.
risos
- de quê?
segundos de silêncio.
- ow! o Salvador Dali está torto.
- é. a minha secretária o derrubou. na queda, um dos suportes que dá sustentação a ele se quebrou, então...
- a religião dela não permite?
risos
- não sei. ela vive dizendo que quem pintou o quadro deve ser doente da cabeça. acho que ela está certa. risos.
- é! e eu sou muito lúcido para ter uma cabeça boa.

mais risos.

- mas vamos ao que importa... como foi a semana?

...

quarta-feira, março 4

Nunca gostei de praia,
muito menos me encantou aquele Rio de Janeiro dos postais,
das descrições singelas de meu amor.
Mas pisarei em suas areias,
sentirei os seus cheiros
e olharei suas paisagens.

Contemplarei.
Não direi uma só palavra.
E serei salvo.