quarta-feira, dezembro 12

Acordei pensando em uma provável viagem pelos caminhos já percorridos por Guimarães Rosa. Estranho esse pensamento que me invadiu a mente. Por um instante, os meus medos se calaram, senti uma coisa boa e inquieta percorrendo por aqui. Uma coisa de gente que some na vida, faz outras escolhas, vive outros amores e retorna para rever os que não foram escolhidos mas que nunca foram esquecidos. Retornar. Palavra boa. Retornar deve ser como nascer para dentro, ouvir os sons silenciosos daquilo que está tão perto, mas tão perto da gente que já nem sabemos mais em que camada da derme está. Retornar. Palavra que angustia. Deve ser uma tentativa de preencher o que falta. Mas alguma coisa sempre falta. Aliás, desejo bobo este meu de viajar. Sempre haverá uma coisa que falte. Sempre haverá diferentes formas de e lugares de onde olhar o mesmo dia.

domingo, março 4

Léo e Bia

No centro de um planalto vazio
Como se fosse em qualquer lugar
Como se a vida fosse um perigo
Como se houvesse faca no ar
Como se fosse urgente e preciso
Como é preciso desabafar
Qualquer maneira de amar varia
E Léo e Bia souberam amar
Como se não fosse tão longe
Brasília de Belém do Pará
Como castelos nascem dos sonhos
Pra no real, achar seu lugar
Como se faz com todo cuidado
A pipa que precisa voar
Cuidar de amor exige mestria
E Léo e Bia souberam amar

O.M