domingo, dezembro 28

: somos humanos em busca

- a cada rasgar de ventre -

das certezas que garantam
o brilho branco do sorriso
que satisfaz a alma.

- a dor do órgão
não vale um espasmo do gozo
sofrido,


sem o ato.




E ela se ia como não houvesse mais.
Carregada pelo sereno das manhãs, seguia pelo caminho que nem mais havia.
Caminhava em um tempo outro, diferente destas horas corridas e insanas que me levam.
E a falsa trilha, toda forrada de folhas úmidas do que é doce das madrugadas,
sorria ao sentir os pés

pequeninos

e

macios


da menina de ontem que hoje atiça os olhos ávidos de um arremedo mal acabado de


h

o

m

e

m

.
.
.


quarta-feira, dezembro 24

segunda-feira, dezembro 22

el cariño que te tengo
no te lo puedo negar
se me sale la babita
yo no lo puedo evitar

i love it

sábado, dezembro 20

noite de sexta

depois de uma semana agitada. filme para acalmar os instintos e música para libertar o espírito.
a película da noite foi Gomorra, um filme sobre a máfia como há muito não via. o prossiga ficou por conta dos amigos: apenas apontei para o vento-norte e remei.

como eu acabei de dizer, meu caro leitor, o ar deu ao corpo uma natureza tépida. E como vocês, que estão aí ao redor, podem observar, a tez continua macia e quente como o rubor da face molhada do suor que molhava os cabelos finos colados à testa ainda em riste por causa do chamado, em #D, que interrompeu o futebol. Os passos duros-pé-ante-pé nas escadas anunciaram a tempestade que. Mas, tantas léguas que separaram o play da porta do banheiro que o que restava agora ao cair da última peça era apenas pequenos choramingos sobre um sei lá o quê, que está muito frio, talvez. agora é que percebi.
...//...
Meu pai-de-amor, há tantas vírgulas nesta vida que às vezes me pego perdido em um lugar outro e me levo de volta para a casa em busca de carinho e amor amigo. Sim. Pois existem aqueles amores inimigos também, que existem apenas para nos colocar aprova e nos fazer acreditar um pouco menos nas tardes quentes de verão no calçadão ou sentado na praça olhando as crianças jogarem um jogo qualquer. Em noites frias de amores quentes e de desejos ardentes e de beijos delicados e de um despretensioso entrelace de mãos apertado...

sábado, dezembro 13

quinta-feira, dezembro 4

Quem é homem de bem não trai
O amor que lhe quer seu bem
Quem diz muito que vai, não vai
Assim como não vai, não vem
Quem de dentro de si não sai
Vai morrer sem amar ninguém
O dinheiro de quem não dá
É o trabalho de quem não tem
Capoeira que é bom não cai
Mas se um dia ele cai, cai bem
Capoeira me mandou dizer que já chegou
Chegou para lutar
Berimbau me confirmou vai ter briga de amor
Tristeza camará

Se não tivesse o amor(2x)
Se não tivesse essa dor(2x)
E se não tivesse o sofrer(2x)
E se não tivesse o chorar(2x)
Melhor era tudo se acabar(2x)

Eu amei, amei demais
O que eu sofri por causa de amor ninguém sofreu
Eu chorei, perdi a paz
Mas o que eu sei é que ninguém nunca teve mai, mais do
que eu

Capoeira me mandou dizer que já chegou
Chegou para lutar
Berimbau me confirmou vai ter briga de amor
Tristeza camará

O homem que diz "dou" não dá
Porque quem dá mesmo não diz
O homem que diz "vou" não vai
Porque quando foi já não quis
O homem que diz "sou" não é
Porque quem é mesmo é "não sou"
O homem que diz "estou" não está
Porque ninguém está quando quer
Coitado do homem que cai
No canto de Ossanha, traidor
Coitado do homem que vai
Atrás de mandinga de amor

Vai, vai, vai, vai, não vou
Vai, vai, vai, vai, não vou
Vai, vai, vai, vai, não vou
Vai, vai, vai, vai, não vou
Que eu não sou ninguém de ir
Em conversa de esquecer
A tristeza de um amor que passou
Não, eu só vou se for pra ver
Uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor

Amigo sinhô
Saravá
Xangô me mandou lhe dizer
Se é canto de Ossanha, não vá
Que muito vai se arrepender
Pergunte pro seu Orixá
Amor só é bom se doer

Vai, vai, vai, vai amar
Vai, vai, vai, vai sofrer
Vai, vai, vai, vai chorar
Vai, vai, vai, vai dizer
Que eu não sou ninguém de ir
Em conversa de esquecer
A tristeza de um amor que passou
Não, eu só vou se for pra ver
Uma estrela aparecer
Na manhã de um novo amor

Baden Powell e Vinicius de Moraes