Minha cara, o Rio virou lenda. A Rosinha matou o Estado, passou um perfume barato na cidade de Estácio de Sá e foi à TV.
rs!
Minha cara, o Rio virou lenda. A Rosinha matou o Estado, passou um perfume barato na cidade de Estácio de Sá e foi à TV.
rs!
Ontem houve um certo alinhamento no pouco que sou. Agora sim, me sinto todo 30 anos. A coisa foi tão boa, que ao final do dia estava em sites que sabem Rio de Janeiro, errejota, escutando bossa e (so)rrindo de boa, chegue a acreditar que a cidade era uma princesa maravilhosa. Então, veio a madrugada e a insônia, minha amante, com seus jornais, boletins repetitivos do dia anterior, carregando Joões, e sacodem o todo 30 que sou.
É triste, mas o Rio me amanheceu com é; uma puta velha, sempre e ainda muito bela, de meninos-meninas-dos-olhos tristes e zangados, que não suporta mais a correnteza dos desejos contidos, acobertados durante décadas em cantos amarelos, por isso, hoje transborda e destrói, desbarranca seu leito de velhos amantes, que já não há.
PAGU
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O nome de Pagu é ouvido pela primeira vez em 1929, quando, adolescente de 18 anos de idade, ela freqüentava o ambiente contestatório do movimento de antropofagia, comandado pela desinibição estética e cultural de Oswald de Andrade. Mais exatamente, Pagu estréia, como colaboradora, na Segunda fase – “2ª dentição” – da Revista de Antropofagia, detalhe importante, pois só nesta Segunda fornada o movimento ganha contornos e corpo, superando o ecletismo e a superficialidade de seus momentos iniciais. Bem vistas as coisas, o “antropofagismo” se posiciona na crítica radical dos descaminhos modernistas (a vanguarda de 22, àquela altura, acomodara-se) e no ataque panfletário ao complexo da civilização ocidental. Neste aspecto, aparece como manifestação pioneira, entre nós, do que Paul Robinson batizou de freudian left – “tendência oculta da psicanálise”, segundo Marcuse -, examinando, de uma visada revolucionária, a dialética instinto/cultura. Contemporâneo do herético W. Reich, o movimento define-se como tal antes mesmo de a teoria cultural freudiana receber formulação sistemática (O Mal-Estar na Civilização é de 1930) ou de surgirem os primeiros analistas brasileiros. E seu “roteiro” pode ser assim resumido: antes da “descoberta”, o Brasil conhecera a vida tribal, sem classes e sem a repressão civilizada aos instintos. A propriedade privada e as sublimações sexuais vieram a bordo das caravelas lusitanas. Desse modo, instalando-se no contexto clássico das utopias renascentistas, o movimento antropofágico prega a projeção do passado mítico no futuro da era tecnológica, sugerindo que o Matriarcado de Pindorama seja tomado como modelo para a reorganização da vida social em bases livres e igualitárias (no vocabulário marxista, teríamos o “comunismo primitivo” erigido em normal). (leia mais)Ao brilho reluzente dos olhos
Nem sei o que aconteceu
A rosa e branca menininha
às montanhas verdes ao cair dos dias
ficou indiferente e se esmoreceu
A cidade era bela
Formosa como ela havia
Suas montanhas cinzas
De apenas pedras não era
Como as da triste de brisa discreta das meninas
E como todo grande lugarejo
Testemunhou os gracejos
Dos jeitos simples cantantes
Dos olhos apertados de luz
Que se consomem na noite dopante
Lugar dos desvalidos amantes
(Só que florescem na ferida fria,
Ali, depois das cadentes cicatrizes
Do jogar em mares de luz)
De riso na boca zomba no sofrê
Não nego meu sangue, não nego meu nome.
Olho para a fome , pergunto: que há ?
Eu sou brasileiro, filho do Nordeste,
Sou cabra da Peste, sou do Ceará."
Filho do agricultor Pedro Gonçalves da Silva e de Maria Pereira da Silva, Patativa do Assaré veio ao mundo no dia 9 de março de 1909. Criado num ambiente de roça, na Serra de Santana, próximo a Assaré , seu pai morrera quando tinha apenas oito anos legando aos seus filhos Antônio, José, Pedro, Joaquim, e Maria o ofício da enxada, "arrastar cobra pros pés" , como se diz no sertão.
*SENHOR DOS SÁBADOS
JARDS MACALÉ - WALLY SAILORMOON
Uma noite
noites
noites em claro
noites em claro não matam ninguém
mas é claro, perdi a razão
gritei seu nome por toda a parte
do edifício em vão
quebrei vidraças da casa
estilhaços de vidro espatifados no chão
risquei paredes do apartamento
com frases roucas de paixão
ah que noche mas nochera
ah que noche mas ...
Dentro da escuridão do quarto
rasguei no dente seu retrato
minha alma ardia meu bem...
Volte cedo
antes que acenda a luz do dia
apague meu desejo num beijo
bem bom
meu bem volte cedo meu bem volte bem cedo.
*dela.
O barulho da rede balançando de um lado para o outro cortava aquela tarde quente e seca de fevereiro. Era sexta gorda e, para ele, a quarta de cinzas já estava começando, diferente dos outros anos, dessa vez, não havia livros antigos nem discos de vinis antigos e fitas k-7 emprestadas para embalar as noites quentes de carnaval no quarto velho e branco.
Sua alma experimentava um novo sabor. O descompasso do coração indicava que algo não era mais o mesmo. Os sons, as imagens, os sorrisos, tudo era contemplado de uma perspectiva que não era mais apenas uma. As mãos suadas e a angústia que surgia ao sol posto eram sintomas estranhos a ele, que respirava pela primeira vez aquelas coisas.
Deitado na rede com pensamentos litorâneos e com as poucas nuvens do céu, que era azul como nunca, nos olhos, navegava num rio de si, distante, belo, calmo e caudaloso, de águas brancas que transbordavam pelos olhos negros. Sem ter mais.
Composição: Marco Matolli
Minha preta que sufoco
eu já to ficando louco de saudades
distancia não foi a razão
Não tem jeito, algo não faz mais sentido
o nosso amor é sem defeito
e é também sem solução
O que é que eu faço que zoeira no pedaço
meu barraco ta sem dono
abandono no meu coração
Não existe a possibilidade é nula de eu voltar,
é uma loucura , eu pensar que nunca mais vou te ver
Vou a luta, quem sabe meu santo escuta
e me faça compreender
Que esquecer vai ser difícil, no final de novo inicio
amor é sem direção
Que dilema, meu problema é a saudade dessa preta
musica letra e canção
Nossa vidas pôr instantes foram uma, e num instante o que era um
em mil pedaços se quebrou
Brincadeira, não ta fácil , que estrago
não foi mole , que bagaço, tua luz , minha redenção
É uma pena, você sabe que o tema da minha musica não vai mudar
eu sei que vou te amar pôr toda minha vida
Respirar, ar
o dia vai raiar
Indiferente a toda dor que a gente sente
nos vai restar