domingo, maio 17

morada da dama de rapina, cortina de rocha que me adorna e me acovarda a alma, durma no silêncio, atlântica-cerradeira, embalada nas rochas e sob o olhar da deusa natureza. petrifique este amor que, ora adormecido, hoje se nega ao olvido -
feridas banhadas pelo malte destilado, aquelas que me calam a alma.
morada da dama de rapina, banha-me em suas águas, fruto de suas chagas, unja meu sorriso, me faz homem sem destino.
morada da dama de rapina, cortina de rocha lisa, alise com sua sombra a minha face vincada de sobrancelhas grossas e pupilas negras.
morada da dama de rapina, berço das minhas alegrias, dos meus melhores dias, me cure de mais este dia.

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