terça-feira, março 18

era uma vez
um rio caudaloso
mas de peixes não havia
apenas um sal grosso de tanto
de um mar que corria apertado
entre as margens silenciosas e chorosas
de onde escorriam seiva de encanto
de um azul calmo, infinito
que escolheu caminhar sozinho
pelo rio de bojo estreito, outrora vazio
agora embotado do mais puro pranto.

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