No primeiro momento,
embalados ao som da roda do Oleiro e seduzidos pelo desejo de tocar e dar formas aos sentimentos, eles se entregaram à possibilidade de forjar o amorfo. E do desejo em comum, surgiram os primeiros traços de amor. Era sereno e indecifrável, abrigava todas as formas, cores, sons e olhares.
No segundo momento,
As mãos se enlaçavam ao que era barro e desse jogo de cumplicidade nasciam silhuetas e sombras que se transformavam em artefatos poéticos. Máscaras, peças sacras e totens, brotavam como fossem todos parte daquele ritmo tênue da máquina e do calor tépido do forno.
Num terceiro momento – como já não havia como: raiou a arte, que, antes de todos os preceitos e conceitos estéticos, se fazia apenas como deveria ser: a explosão de sentimentos. Encontro do outro, de si e da forma da coisa que será o elo entre duas ou mais pessoas que se encontram.
Nenhum comentário:
Postar um comentário