domingo, abril 26


No primeiro momento,

embalados ao som da roda do Oleiro e seduzidos pelo desejo de tocar e dar formas aos sentimentos, eles se entregaram à possibilidade de forjar o amorfo. E do desejo em comum, surgiram os primeiros traços de amor. Era sereno e indecifrável, abrigava todas as formas, cores, sons e olhares.

No segundo momento,

As mãos se enlaçavam ao que era barro e desse jogo de cumplicidade nasciam silhuetas e sombras que se transformavam em artefatos poéticos. Máscaras, peças sacras e totens, brotavam como fossem todos parte daquele ritmo tênue da máquina e do calor tépido do forno.

Num terceiro momento – como já não havia como: raiou a arte, que, antes de todos os preceitos e conceitos estéticos, se fazia apenas como deveria ser: a explosão de sentimentos. Encontro do outro, de si e da forma da coisa que será o elo entre duas ou mais pessoas que se encontram.

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