quinta-feira, agosto 31
quarta-feira, agosto 30
Meus olhos te viram triste
Olhando pro infinito
Tentando ouvir o som do próprio grito
E o pouco que ainda me resta
Só quis te levar pra festa
Você me amou de um jeito tão aflito
Que eu queria poder te dizer sem palavras
Eu queria poder te cantar sem canções
Eu queria viver morrendo em sua teia
Seu sangue correndo em minha veia
Seu cheiro morando em meus pulmões
Cada dia que passo sem sua presença
Sou um presidiário cumprindo sentença
Sou um velho diário perdido na areia
Esperando que você me leia
Sou pista vazia esperando aviões
Sou o lamento no canto da sereia
Esperando o naufrágio das embarcações
segunda-feira, agosto 28
do homem que nunca fui e sonhava ser (com uma companheira carinhosa e com rebentos risonhos e sonhadores, como fui nas noites quentes de verão)
sobre minha cabeça, ainda sinto o pousar de seus dedos finos e macios - delicados, como beijo-de-mãe.
o som daquele desejo agora se mistura ao emaranhado de minha mente, é como fosse mais um folião do meu carnaval de idéias não-pensadas.
terça-feira, agosto 22
bem, é a vida que segue e a morte que se aproxima, enquanto isso, na sala de justiça, um clássico da literatura empresarial me aguarda; Manutenção.
tenho vontade de ir para casa.
sexta-feira, agosto 18
O pouco de vida que havia no corpo se esvaia em sons guturais, que invadiam meu corpo - ensurdecia os ouvidos. Tentava, mas a parede não se abria. Tentava, numa discussão vã, negociar a crueza daquele momento, tentava fugir para mim na esperança de lhe encontrar, tentativa pueril. Não me permiti ouvir mais, era preciso seguir.
“Cada minuto de vida nunca é mais, é sempre menos”.
sexta-feira, agosto 11
Na minha mente um cheiro que ainda lembra você. Sua singela mão sobre meus cabelos era agora tudo o que mais queria nesse fim de tarde despaisado de sexta-feira. Estranhas também ficaram as manhãs de domingo, quando, com seu livro de alquimia, preparava receitas mágicas e maravilhosas para embalar o dia de conversas, gargalhadas, brincadeiras e de preguiça.
Esses momentos de paz se foram, mas estou bem, sem contar o riso sem graça e calado, quando os mais desavisados perguntam por você. É trabalhoso explicar para eles o quanto você foi especial (e, por mais que se esforcem, eles nunca compreenderão), mas me dá um prazer enorme contar de você.
Quem sabe, nós dois num mesmo sonho. Seria só aliviar um pouco corpo e mandar para longe essa vontade de não fazer nada. (t.i)
quinta-feira, agosto 10
Olhem o "movimento" Viva Rio. A causa é nobre, sim, isso não se discute. Mas qual a diferença entre Viva Rio e Viva Favela? A Cidade Maravilhosa não está repleta de favelas? Ou será que para participar do Viva Rio tem que ser lourinho, limpinho, "cheirosinho", bonitinho na modinha? Espero que alguem me convença o contrário, mas, ao meu ver, caolho e vermelho, isso é discurso. Mais uma vez nós, brasileiros, estamos pintando a realidade de cor-de-rosa, para podermos fazer figuração no Fantástico ou no Nacional ou virar tema das conversar dos pseudos-ntelecto-sociais-democratas (valha-me Deus, de à luz esse negócio agora!).
O Rio não se resume a Ipanema, Condomínios herméticos, et cat... sei lá o quê. O rio também tem a cor do morro, o cheiro do morro. Dali nasce o que a cidade e aquele povo têm de melhor. Um modo peculiar de viver a vida, com alegria, talento, naturalidade, um jeito brasil de ser. Um trem que se repete e sofre as transmutações nas diversas regiões brazucas.
Deixemo-nos de imbróglios, de preocupações "petucaneanas". O mundo não agüenta mais tanta ong para americano ver e inglês aplaudir; filantropia de areia. Nosso país é um só, a mesma violência que está na Região dos Lagos e/ou em BH, SC, SP, GO está nas periferias do Rio, BH, SC, SP, GO. No fundo, isso não deixa de ser mais uma ação de segregação. Uma maneira de nos esquivar da culpa pela desigualdade social que assola o país e que agrava o desmonte de nosso quadro social.
simplesmente, tudo era riso. sem motivo algum. bastava cruzar olhares,
lá vinha mais um.
mas, o tempo passou.
(o machado, as poucas horas de tédio daqueles momentos, em eternos encontros de paz, transformou)
hoje em dia, os sorrisos já não são os mesmos,
orkuticamente, interneticamente,
trocamos um “oi como vai a vida, maria!”
temos quase dois mudos. são recordações. (que busco nessas amadoras rimas)
em breve serei senhor, pai de família, mas nunca esquecerei
que sorri um dia.
quarta-feira, agosto 9
é isso!